Pais e filhos a difícil arte de amar e educar
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Power Point
A primeira lição deixo aos pais. Vivemos num mundo extremamente agitado. É trabalho, estudo… São muitos compromissos. O mundo nos envolve com seus afazeres. A igreja pode acelerar essa correria. É algo semelhante à parábola do semeador no que se refere à sementinha que caiu em meio aos espinhos.
Ela foi sufocada, perdendo a sua força. Facilmente isso pode acontecer conosco. Perdemos a clareza sobre a importância das coisas. Tudo é importante, mas existem diferentes escalas de valores, diferentes prioridades. A família sempre deve ocupar o segundo lugar. O lugar mais alto cabe ao nosso Deus. Na parábola a semente é a Palavra de Deus. A minha história apresenta como semente sufocada o amor. Quando deixamos de amar a Deus acima de tudo, quando deixamos de amar aos nossos queridos, podemos estar entronizando nosso trabalho, ou nossos bens, ou até mesmo podemos nos tornar pessoas egoístas, cujo centro é a nossa própria pessoa. A velha história do… Eu sou o bom! Por isso, mesmo em meio à correria, não se esqueça do Senhor Deus e de sua família. Pequenos gestos para com a esposa (o) e filhos são necessários e trazem um bom tempero à vida. Por isso, seja criativo e invente seus “nós afetivos”.
A segunda lição deixo aos filhos. A vida dos filhos hoje está tão agitada quanto à dos pais. Por vezes, o filho se fecha em seu espaço, tornando-se cego com respeito a Deus e aos seus familiares. Cria um mundinho próprio, deixando de perceber os pequenos fatos familiares que acontecem à sua volta, os quais por vezes são carregados de afetividade. Devo dizer que não existe família perfeita, mas também nenhuma família é um inferno. Aos filhos que não enxergam as pequenas atitudes amorosas que perpassam o ambiente familiar, indico como caminho ir ao encontro de Jesus, como aconteceu com Bartimeu, dizendo: Jesus! Eu quero tornar a ver. Deus tem a capacidade de curar nossa cegueira espiritual. Ele é a luz.
A terceira lição deixo à comunidade como um todo. Dou um passo adiante, passando a falar de nossa família maior na fé. Todos nós temos um único Deus, que é Pai. Por vezes me vejo na situação de chefe querendo determinar o que Deus deve ou não fazer. Faço de Deus um empregado e quero que tudo aconteça segundo minha vontade. O que difere do Pai Nosso, onde Jesus ensina: Seja feita a tua vontade… Esperamos grandes milagres. Esperamos que todos os nossos pedidos sejam atendidos. Na verdade, se pararmos e observamos com atenção o mundo que nos cerca, veremos “muitos pequenos nós afetivos” que Deus prepara por nós. São bênçãos diárias e cotidianas que escapam de nossos olhos. Os judeus esperavam e esperam um “grande messias”. Jesus (só para lembrar minha primeira pregação) veio montado num jumentinho. O profeta Elias esperava revelação no fogo e terremoto, Deus apareceu na leve brisa. É lindo. Ver a Deus nas pequenas coisas é um exercício diário. Deus se revela e quer se revelar. Deus quer colocar em nosso coração um espírito de gratidão. Por isso, aprenda a parar e observar. Aprenda a dizer: Eu quero ver! Aprenda a agradecer.
Por fim, vale dizer que, na história, a professora constatou que o menino que recebia o “nó afetivo” de seu pai destacava-se dos demais. Ele tinha maior capacidade para aprender e conviver. Se você viver na presença de Deus, você será uma pessoa melhor e mais útil à sociedade. Cristão e bom cidadão! Que Deus te abençoe. Amém!
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