VII. OBRIGAÇÃO SOCIAL
Cumpriremos nosso dever para com a sociedade, sendo bons cidadãos, corrigindo injustiças sociais e protegendo a santidade da vida.
A. Sendo Bons Cidadãos
1. Apesar de sermos membros do Reino de Deus, pertencemos também à sociedade deste mundo. A obediência a Deus exige que atuemos de uma maneira responsável em nossos países (Mc 12:13-17; Rm 13:1-7; I Pd 2:13-17).
2. Devemos apoiar a Lei Civil, ter respeito pelos nossos governantes e orar por eles, participar das atividades das Escolas, das Comunidades, e do Governo, e exercer nosso direito de voto, bem como defender questões morais bem definidas.
3. A Lei de Deus é suprema. Mas, devemos obedecer as leis do nosso país, desde que não estejam em conflito com as Leis de Deus (At 5:29).
4. A desobediência às leis dum país e seu governo somente poderá ocorrer quando motivada pela promoção da justiça, e não pelo desejo de fazer oposição ou entrar em controvérsia com o governo.
B. Corrigindo Injustiças Sociais
1. O amor ao próximo e o reconhecimento de que todas as pessoas são iguais perante Deus (At 10:34; 17:26), devem motivar-nos a fazer algo para melhorar a situação dos menos privilegiados, abandonados, famintos, destituídos de um lar e vítimas de injustiças, perseguições e opressão (Mt 22:39; Rm 13:8-10; I Jo 3:17).
2. Devemos em todos os nossos tratos pessoais, ser sensíveis às necessidades humanas (Lc 10:30-37) e evitar a discriminação racial e econômica.
3. Toda pessoa deve ter liberdade de adoração e participação da vida da Igreja, sem distinção de raça, cor, sexo, classe social ou nacionalidade.
C. Protegendo a Santidade da Vida
1. Somente Deus pode dar a vida (Gn 1:1-31). Porém, cada um de nós é responsável pela própria vida e a de outros. Caso as circunstâncias o requeiram, devemos estar preparados para arriscar nossas vidas à serviço dos nossos semelhantes (Jo 15:13). É, porém, regra geral, que evitemos o suicídio, respeitando a vida, sabendo que somente Deus decide quando esta deve terminar (Sl 3:14,15).
2. Já que o feto humano é sagrado e bendito por Deus, cremos que devemos proteger a vida daqueles que ainda não nasceram (Jr 1:5; Lc 1:41).
3. É nossa firme convicção que o aborto por conveniência pessoal ou vantagens econômicas é moralmente mau.
4. Cremos que é de nossa responsabilidade cristã, cuidar da terra e de seus recursos. Apesar de Deus ter dado o domínio da terra ao homem (Gênesis 1:26-30), isto não lhe dá o direito de contaminar o meio ambiente e desperdiçar os recursos naturais.
ENSINAMENTOS DA IGREJA DE DEUS
RESOLUÇÕES ESPECIAIS
01. OS PRINCÍPIOS DE SANTIDADE
O fundamento da Igreja de Deus descansa sobre os princípios da santidade bíblica. Antes mesmo do derramamento do Espiríto Santo, no século XIX, já as suas raízes estavam lançadas. Era e é, portanto, santa, tanto no nome quanto na ação. Após todos estes anos de história, não tem diminuído nossa convicção ou posição acerca da santidade. Os anos têm fortalecido o nosso conhecimento de que sem santidade é impossível agradar a Deus – Hb.12:14. Recordemos que as Escrituras requerem que examinemos nossos próprios corações em todo o tempo. Sabemos que isto é necessário para o desenvolvimento e manutenção de uma vida de santidade, cujo o desafio é ainda maior em nossos dias devido a introdução sutil do mundanismo que é uma ameaça muito real e constante para a Igreja. Devemos, portanto, nos prevenir, para não nos conformarmos com o mundo, e para que o amor mundano não faça raízes em nossos corações e nem venha manifestar-se na concupiscência da carne, na concupiscência dos olhos, ou na soberba da vida. Nós, a Igreja de Deus, reafirmamos nosso compromisso de santidade, expresso em nossa doutrina e princípios norteadores de nossa conduta,os quais revelam a essência dos nossos corações firmados na Palavra de Deus. Reafirmamos também nosso compromisso de manter, como ministros, estas normas de santidade em nossas próprias vidas, em nossos lares e em nossos púlpitos. Como ministros e membros, dedicamos nossas vidas a este fim, procurando não nos conformarmos com o mundo, seja na aparência, na ambição egoísta,nas atitudes carnais, ou em associações perversas. Finalmente, reafirmamos que nós, como ministros e membros, buscaremos sempre as virtudes positivas do amor, misericórdia e perdão, assim como são ensinados por Jesus Cristo – (A-1960, 1976).
02. AS ELEIÇÕES CIVIS
A Igreja de Deus considera constitucional e bíblica a participação de seus membros na administração e governo civis através do voto de cada um. O exercício do voto é uma das maneiras básicas dos cristãos influenciarem nos assuntos e decisões de nossa sociedade. As Escrituras afirmam que “onde governam os justos o povo se regozija”. Portanto, a Igreja de Deus recomenda que cada crente participe, dentro dos limites da lei, nas votações e eleições locais, estaduais e nacionais. Recomenda-se também que os membros, e, especialmente, os ministros, considerem
cuidadosamente os princípios de orientação escriturística ao pregar sobre temas sociais, civis, políticos e religiosos (1976).
Leia mais sobre o que se espera da participação e atuação política do ministro da IDB no Código de Ética Ministerial.
03. O DIVÓRCIO
Considerando que a prática indesejável do divórcio tem crescido em proporções alarmantes, e que a Igreja de Deus é uma instituição que pratica a santidade e é divinamente ordenada para servir melhor aos elevados interesses humanos, reafirmamos a nossa posição Bíblica com respeito à santidade do lar e a fidelidade aos votos sagrados do casamento, como coisas que devem manter-se invioláveis. Consideramos que as tendências sociais atuais são prejudiciais ao lar, à igreja e à nação. Diante disto e de acordo com os ensinamentos de Jesus, admitimos o divórcio somente em casos de adultério e/ou fornicação. Os ministros devem ser exemplo de santidade cristã e seu estado matrimonial deve ser sem mancha. A Igreja de Deus deve ter um ministério que contenha experiências espirituais e morais que incentivem o desenvolvimento do caráter cristão, indispensável para honrar a Deus, proteger as nações e preservar os nossos princípios cristãos (A- 1950).
O DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO
De acordo com a Bíblia e a Resolução Especial de nº 03 de 1960, a prática do divórcio é indesejável e a função da igreja é defender a santidade do lar e a fidelidade aos sagrados votos dos sacramentos. Em consonância com este princípio, a 9ª Assembléia Nacional de Ministros, realizada em Janeiro de 1994, definiu: É elegível para membro na IDB a pessoa que durante o tempo de incredulidade teve o seu matrimônio dissolvido e contraiu segundo casamento. O membro da IDB que se divorciar e contrair segundo casamento, continuará elegível como membro, desde que fique comprovada a culpa de fornicação do outro cônjuge. A parte culpada só será readmitida como membro, após cumprir com a disciplina da Igreja Local. O batismo e membrecia de amasiado, cada caso deverá ser analisado pela Assembléia Local, sob a presidência do Supervisor Distrital e que sejam examinados apenas o caso de crentes que se converteram nesta situação. O divorciado, não recasado, é elegível para membro desde que sua vida corresponda às demais qualificações exigidas pela IDB. Os casos de divórcio por outro motivo serão tratados individualmente pela Diretoria Local juntamente com o Supervisor Distrital. A Decisão final deve ser aprovado pela Assembléia de membros.
RECOMENDAÇÕES DOUTRINÁRIAS
01. O NOVO NASCIMENTO
Pergunta: Nascer da água é um nascimento natural ou espiritual? Resposta: “Natural. O que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do Espírito, é Espírito” (João 3:6). “Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).
02. OS SACRAMENTOS DA IGREJA
Batismo em Água, Ceia do Senhor e Lavagem dos Pés dos Santos.
2.1 O BATISMO EM ÁGUA
O batismo em água consiste em submergir, inundar, ou sepultar abaixo da superfície da água e torna erguer-se novamente (A-1911). O batismo em água não é uma porta para entrar na igreja, mas um ato de obediência, após a conversão (A-1912). Autorizamos a impressão de certificados de batismo, e recomendamos que o ministro oficiante entregue um certificado a cada um que batizar. Reconhecemos que a imersão é o modo escriturístico do batismo em água. Recomendamos que os nossos discípulos sejam batizados por um ministro batizado com o Espírito Santo. Entendemos que os apóstolos realizaram batismos antes e depois do dia de Pentecostes, deixando este assunto a critério da consciência de cada pessoa, não serão excluidos se estão satisfeitos com o seu batismo, desde que o ato tenha sido realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (A-1944). No caso de alguma pessoa desejar unir-se à igreja, mas por causa de ameaças de parentes não puder ser batizada, não se lhe deve negar o privilégio de ser membro, desde que esteja de acordo em ser batizada o mais breve possível. O batismo em água deve ser efetuado por ministros ordenados ou licenciados, e de acordo com a comissão dada por Jesus em Mateus 28:19 (Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo).
2.2 A CELEBRAÇÃO DA CEIA E LAVAGEM DOS PÉS DOS SANTOS
A Ceia do Senhor e a Lavagem dos Pés devem ser ensinados conforme o Novo Testamento, podendo-se celebrar os dois no mesmo culto ou em cultos diferentes. Para preservar a unidade do corpo (que é a igreja), e obedecer a Sagrada Escritura, é recomendado que cada membro cumpra com estes cultos sagrados, pelo menos uma ou duas vezes ao ano.
03. CULTO DOMÉSDTICO
Reconhecemos a necessidade de todas as famílias e de todas as igrejas, praticarem este culto sagrado e importante, ao menos uma vez ao dia e no horário mais conveniente para as mesmas; e que os pais façam um esforço para que cada filho seja ensinado o mais cedo possível, a reverenciar a Deus, assim como a seus pais, pelo ouvir atentamente a leitura das Sagradas Escrituras. Recomenda-se que o pastor, diácono e oficiais façam um esforço especial, exercendo a sua influência, para estimular a cada família da igreja a praticar este exercício devocional diariamente
(A-1906).
04. OS SINDICATOS
Os nossos membros podem pertencer a sindicatos, se assim lhes exigirem, para que possam ter empregos. Todavia, fica entendido que, nos casos de greves ou manifestações púbicas, os nossos membros abster-se-ão de tomar parte em atos de violência.
05. A CURA DIVINA
Recomendamos aos nossos membros que, quando testificarem da cura divina, se abstenham de desprezar aos médicos e a medicina. Devem pregar e testificar da cura divina como um privilégio,
dando glória a Deus.
06. SERVIÇO MILITAR
A Igreja de Deus crê que as nações podem e devem resolver suas diferenças sem apelar para a guerra; não obstante, em caso de um conflito armado, se um membro tiver que tomar parte como combatente, isto não afeta sua posição na igreja. Em caso em que um membro esteja no serviço militar e recusar ir ao combate ativo por questões de sua consciência, a Igreja de Deus irá apoiá-lo
em seus direitos constitucionais.
07. ASSOCIAÇÕES SECRETAS
A Igreja de Deus se opõe a que seus membros pertençam a qualquer associação secreta. Se alguém se tornar membro de nossa Igreja, tendo alguma forma de seguro numa sociedade secreta,
poderá conservá-lo, desde que não participe de suas reuniões ou promoções (A-1940).
08. DÍZIMOS E DÍZIMOS DOS DÍZIMOS
Todos os membros da Igreja de Deus devem entregar seus dízimos. Os dízimos do trabalho secular dos leigos e ministros são entregues na Tesouraria da igreja local onde são membros. Os ministros que recebem auxílio subsistência das igrejas ou órgãos onde atuam, entregam os seus dízimos, acompanhados do Relatório Ministerial, no Escritório Regional. As igrejas locais enviam 15% dos dízimos recebidos, mais as contribuições estabelecidas, regional ou nacionalmente, ao Escritório Regional. (Leia mais sobre Relatórios no Regulamento da IDB e em outras sessões deste livro). O membro infiel nos seus dízimos não tem direito à voz e nem voto nas assembléias de membros. O ministro infiel terá a sua credencial cancelada.
09. LOTERIA E OUTROS JOGOS
A Igreja de Deus reafirma a sua posição histórica contrária aos jogos de loteria, bingo e similares, e exige de seus membros um alto nível de conduta e santidade (A-1964).